F1: O título de Verstappen será o mais fácil da história?

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Max Verstappen

"Max Verstappen 2017 Malaysia 1" by Morio is licensed under CC BY-SA 4.0 .

Bicampeão mundial de Fórmula 1, em 2021 e 2022, o holandês Max Verstappen vai se encaminhando para mais um título consecutivo na categoria. Com nove Grandes Prêmios disputados até o momento, o piloto de 25 anos ocupa a liderança do Mundial de Pilotos com 229 pontos. O segundo colocado é seu companheiro de equipe, o mexicano Sérgio Pérez, com 148 pontos. 

Ao todo, Verstappen terminou na primeira posição em sete corridas na atual temporada, nos GPs de Bahrein, Austrália, Miami, Mônaco, Espanha, Canadá e Áustria. Nas provas da Arábia Saudita e Azerbaijão, acabou em segundo lugar, com vitórias de Checo Pérez. Domínio total e 100% de aproveitamento da Red Bull Racing. Além disso, ambos ganharam uma corrida de sprint cada um. 

Com 13 provas ainda por serem disputadas, o troféu fica cada vez mais perto das mãos do holandês, ainda mais considerando a irregularidade dos principais concorrentes. Sendo assim, pode-se dizer que a provável conquista do “Mad Max” seria a mais fácil da história?

As campanhas favoritas na disputa não são simples de serem batidas no quesito “facilidade”. O alemão Michael Schumacher, heptacampeão mundial, protagonizou duas delas, em 2002 e 2004.

Na primeira, Schumi venceu 11 dos 17 GPs, ficou em segundo seis vezes e em terceiro apenas uma, completando um ano com 100% de pódios. O desempenho irretocável fez o alemão somar 144 pontos, 67 a mais que o vice-campeão, o brasileiro Rubens Barrichello, seu companheiro de Ferrari.

Já em 2004, a dobradinha se repetiu: Michael Schumacher campeão (148 pontos) e Rubinho (114) com o vice.. O alemão venceu 13 das 18 corridas, terminou em segundo em duas, em 7º em uma, em 12º também uma vez e abandonou uma prova. 

Outro piloto que foi campeão com grande vantagem é Nigel Mansell, em 1992. Na ocasião, o britânico acabou a temporada com 108 pontos, enquanto o vice, o italiano Riccardo Patrese, somou apenas 56. 

O número de vitórias de Mansell não foi dos mais impressionantes: nove em 16 Grandes Prêmios disputados. No entanto, a irregularidade dos adversários foi determinante para garantir o troféu ao piloto da Williams. 

Patrese, por exemplo, venceu apenas uma corrida, apesar de ter terminado o ano como vice-campeão. Michael Schumacher, ainda pela Benetton, ganhou uma vez também e foi o terceiro colocado na classificação geral. Ayrton Senna, já tricampeão àquela altura, chegou a triunfar em três provas, mas não terminou sete corridas, o que o prejudicou na busca pelo título. Para completar, o austríaco Gerhard Berger subiu duas vezes no posto mais alto do pódio, porém também não foi capaz de ser um oponente à altura ao longo da competição.

Agora, a questão é saber se Max Verstappen manterá o nível de dominância a ponto de garantir o troféu com ainda mais superioridade que os pilotos citados.

Até o momento, apenas Checo Pérez foi capaz de fazer frente ao holandês, mas nada suficiente para pensar em uma disputa acirrada pelo campeonato mundial. Um cenário dos sonhos para a equipe da Red Bull, que vai consolidando uma nova dinastia na maior categoria do automobilismo mundial.