GP da Hungria desafiou URSS e tem recorde de Barrichello; veja curiosidades

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Formula 1

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Você sabia que um dos circuitos mais famosos da Fórmula 1 causou incômodo na União Soviética quando foi realizado? E que este mesmo Grande Prêmio possui um recorde de volta mais rápida pertencente a Rubens Barrichello? Trata-se do circuito de Hungaroring, que recebe o Grande Prêmio da Hungria – e que na temporada de 2023 é o 11º dos 22 previstos no calendário. 

Hungaroring estreou na F1 em 1986 e é um dos circuitos mais difíceis da categoria atualmente. O traçado possui algumas curvas bastante fechadas e ainda possui um asfalto ligeiramente irregular e com relevos, dificultando as ultrapassagens – fato que faz o autódromo austríaco ser conhecido também como “Mônaco sem paredes”. Mas há várias curiosidades em Hungaroring, muitas delas envolvendo pilotos brasileiros. Acompanhe!

GP da Hungria incomodou União Soviética 

A ideia de ter um Grande Prêmio em um país que pertencia ao então bloco de nações comunistas foi de Bernie Ecclestone. No entanto, depois do fracasso nas negociações com a União Soviética, o então chefão da F1 conseguiu um contrato para um GP na Hungria, que ainda era governado por comunistas. A URSS, claro, ficou incomodada com tal evento automobilístico em de seus aliados, pois considerava a F1 uma competição capitalista. 

Volta mais rápida de Hungaroring é de Rubinho Barrichello 

O brasileiro Rubens Barrichello detém o recorde de volta mais rápida em Hungaroring (em um treino classificatório). O piloto da Ferrari cravou 1min13s333 para garantir a pole position em 2002. Naquele mesmo ano, o alemão Michael Schumacher cravou o recorde de volta da pista na história durante uma corrida: 1min16s207. A Ferrari fez a dobradinha na Hungria daquele ano, com Rubinho em primeiro lugar e Schumacher em segundo. 

Hungaroring homenageia dois pilotos com nomes de curvas

O GP possui duas curvas batizadas com nomes de pilotos. A quarta curva virou a “Nigel Mansell”, em referência a um incidente que custou ao inglês a vitória no GP húngaro de 1987. Ele liderava e estava a seis voltas de garantir o lugar no topo do pódio quando, na dita curva, uma porca se soltou da roda traseira direita de seu carro, forçando-o a abandonar. Já a curva 11 tem o nome do francês Jean Alesi, que se envolveu ali em um grande acidente em um treino no GP de 1995.

Foi lá onde Felipe Massa sofreu seu grave acidente

Se uma porca se soltou do carro de Mansell em 1987, 22 anos depois outro acidente muito mais grave marcou o GP da Hungria. Na ocasião, uma peça se soltou do carro de Rubens Barrichello durante um treino e atingiu em cheio o capacete de Felipe Massa, que perdeu os sentidos e bateu contra uma barreira de pneus. O brasileiro sofreu fraturas no crânio e chegou a ficar em coma induzido, mas se recuperou bem e retornou à F1 na temporada 2010. 

Hungaroring coroou dois campeões mundiais

Dois títulos do Mundial de Pilotos foram definidos na Hungria: 1992 (vencido pelo inglês Nigel Mansell) e 2001 (faturado pelo alemão Michael Schumacher). O calendário da F1 era mais enxuto, e em ambas as ocasiões Hungaroring recebia etapas já da segunda metade da temporada. Em 92, foi o 11º de 16 GPs; em 2001, o 13º de 17. 

O GP da Hungria foi vencido seis vezes por brasileiros 

Nelson Piquet conquistou as duas primeiras edições do GP húngaro, em 1986 e 87. Ayrton Senna foi quem mais cruzou a linha de chegada na primeira posição: três vezes (1988, 91 e 92). A lista é completada por Rubinho, que recebeu a bandeira quadriculada em 2002. 

Chuva “rara” causou tumulto em 2006 

Hungaroring está localizado em uma região de vale próximo à capital Budapeste e que é marcada por um calor extremo e seco no auge do verão europeu. A primeira vez que choveu durante o GP húngaro foi em 2006, e isso causou um tumulto na prova. Somente 13 pilotos terminaram a corrida. Melhor para o inglês Jenson Button, da Honda, que faturou ali a sua primeira vitória na carreira.