A Seleção Brasileira começou a Copa do Mundo Feminina com tudo. Em sua estreia no torneio sediado na Austrália e na Nova Zelândia, a equipe comandada pela técnica sueca Pia Sundhage não tomou conhecimento das adversárias e goleou o time de Panamá por 4 a 0. Ary Borges, no seu primeiro jogo em Mundiais, marcou um hat-trick, enquanto Bia Zaneratto completou o placar.
O resultado deixou os torcedores em polvorosa nas redes sociais. O clima após a partida foi dominado pela esperança de uma boa campanha e, acima de tudo, a grande dúvida: é possível conquistar o título inédito e colocar a primeira estrela na camisa?
Como foi a preparação
A Amarelinha não chegou na Copa do Mundo com uma grande sequência na bagagem. Em 2023, a equipe de Pia disputou seis partidas antes do início do Mundial. Ao todo, foram três vitórias, duas derrotas e um empate.
Na SheBelieves Cup, o Brasil venceu o Japão por 1 a 0 no duelo de estreia, porém acabou perdendo para o Canadá (2 a 0) e Estados Unidos (2 a 1), resultados que deixaram o país sul-americano na terceira colocação do torneio. Na sequência, a seleção Canarinha ficou no empate em 1 a 1 com a Inglaterra, pela Finalíssima, mas foi derrotada nos pênaltis por 4 a 2. Antes da viagem para a Oceania, as brasileiras bateram Alemanha (2 a 1) e Chile (4 a 0) em amistosos de preparação para o torneio e aumentaram o moral às vésperas do início da competição.
Um caminho difícil
Apesar das presenças de seleções mais acessíveis, como Jamaica e Panamá, no grupo do Brasil, a chave ainda conta com a sempre poderosa França. A equipe europeia foi a algoz das sul-americanas na Copa do Mundo de 2019, nas oitavas de final.
Com essa pedreira pelo caminho, a Seleção tem grandes chances de terminar em segundo lugar, o que implicaria no enfrentamento contra as primeiras colocadas do Grupo H. No caso, a Alemanha, que aplicou 6 a 0 no Marrocos na primeira rodada, é a grande favorita a terminar na ponta da chave.
Quem são as favoritas?
Supondo que o Brasil passe pelas oitavas de final, seja como primeiro ou segundo lugar do grupo, o caminho não fica mais fácil ao longo das eliminatórias. Inglaterra, Austrália, França e Canadá, todas seleções que entram na frente na lista de favoritas, também estão no caminho da Amarelinha até a final.
Em uma possível decisão, é esperado que o outro lado esteja formado pelos Estados Unidos. As norte-americanas são as atuais campeãs do mundo, buscam o pentacampeonato e podem ser consideradas o grande time a ser batido no torneio. Além das estadunidenses, a Espanha, apesar dos problemas extra-campo, também é uma forte candidata.
Vitória na estreia
O que pode aumentar as esperanças da torcida brasileira é a qualidade do elenco. A seleção montada por Pia Sundhage conta com nomes de sucesso no futebol nacional e internacional. A zagueira Rafaelle e as atacante Debinha e Bia Zaneratto são alguns exemplos, além, claro, da camisa 10 Marta. A Rainha do Futebol não vem no seu melhor momento físico e técnico, mas tem qualidade o suficiente para ser decisiva em sua última Copa do Mundo.