Daniel Ricciardo está de volta à F1; relembre as loucuras do australiano

0
595
Daniel Ricciardo

"Daniel Ricciardo, British GP 2022 (52382610448) (cropped)" by Jen Ross is licensed under CC BY 2.0 .

Um dos pilotos mais carismáticos dos últimos anos está de volta aos Grandes Prêmios da Fórmula 1. Daniel Ricciardo passou o primeiro semestre de 2023 como terceiro piloto da Red Bull, mas assumiu um dos carros da equipe irmã Alpha Tauri após a demissão de Nyck de Vries após o GP da Inglaterra e tem a chance de levar novamente sua incomparável irreverência à categoria a partir da corrida na Hungria. 

Ricciardo, 34 anos, estreou na Fórmula 1 em 2011 pela extinta Hispania. Seu auge foi na Red Bull, defendendo a equipe principal da empresa austríaca de energéticos entre 2014 e 2018. Foi por ela que o australiano conquistou seus dois melhores resultados no Mundial de Pilotos, com os terceiros lugares em 2014 e 2016. Ele ainda passou por Renault (2019 e 2020) e McLaren (2021 e 2022). 

Daniel Ricciardo possui oito vitórias na F1, mas é lembrado especialmente por seu temperamento. Sorridente e muito brincalhão, ele costuma ser destaque nos eventos publicitários da categoria e volta e meia arranca gargalhadas seja do público, da imprensa, de funcionários das escuderias e de outros pilotos. 

Dentro do cockpit, possui um estilo arrojado e destemido. Não à toa, recebeu o apelido de “honey badger”, que é uma espécie de texugo (um pequeno mamífero marsupial) que parece bastante fofo e amoroso, mas que se transforma rapidamente em um animal selvagem e capaz de perseguir até mesmo tigres e serpentes se algum destes predadores invade o seu território”. 

No compilado a seguir das “loucuras” de Ricciardo na F1 talvez fique mais fácil entender este temperamento do australiano – inclusive quando ele “vira um texugo”. Confira! 

Ricciardo instaurou o “shoey” na F1 tomando champanhe no próprio tênis

Esta não é, necessariamente, uma invenção de Ricciardo, mas um costume australiano que o piloto ajudou a difundir depois do segundo lugar no GP da Alemanha de 2016. Ainda no pódio, ele tirou um dos pés do sapato que usou durante a corrida, encheu-o com champagne e tomou a bebida do próprio calçado. 

O “shoey”, como a prática é conhecida, teria nascido nos Estados Unidos no início do século passado e se tornado uma maneira de celebração tradicional do exército prussiano. Ricciardo e o motociclista australiano Jack Miller se tornaram adeptos deste tipo de comemoração em pódios, e outros pilotos não tiveram vergonha (e nem nojo) em beber do sapato do colega. Max Verstappen, Lando Norris e Lewis Hamilton são alguns dos exemplos. 

Ricciardo “espionou” a garagem da rival Mercedes 

Em um de seus muitos atos brincalhões, Ricciardo certa vez pegou uma câmera de um cinegrafista na garagem da Red Bull e não titubeou em ir às dependências da vizinha (e arquirrival) Mercedes. Muito bem-humorado, o australiano filmou até mesmo detalhes do carro adversário. A equipe alemã pareceu ter levado na esportiva, e até engenheiros e mecânicos do time entraram na brincadeira e acenaram para o “espião”. 

Ricciardo “invadiu” o Instagram da Mercedes 

Durante o fim de semana do GP Brasil de Fórmula 1 em 2018, Ricciardo pegou o telefone celular da pessoa que administra as redes sociais da Mercedes durante o desfile que os pilotos fazem em carro aberto pelo circuito. O australiano “invadiu” a conta dos rivais no Instagram e postou uma sequência impagável de stories no perfil da equipe alemã (inclusive fazendo piadas com os titulares Lewis Hamilton e Valtteri Bottas).  

Ricciardo trollou Max Verstappen (muitas vezes)

Durante o tempo em que conviveram na Red Bull, Ricciardo e Max Verstappen protagonizaram grandes momentos – sobretudo com o australiano quebrando protocolos em entrevistas de imprensa. Não é difícil encontrar vídeos que ficaram eternizados nas redes sociais, com Ricciardo jogando água ou atirando toalhas contra o colega de equipe na frente de repórteres e das câmeras de emissoras do mundo inteiro. 

Mas Ricciardo também ficou pistola e até xingou Verstappen

Isso aconteceu no Grande Prêmio da Hungria de 2017, quando Verstappen e Ricciardo disputaram posição na segunda curva da primeira volta. O holandês espalhou demais, acertou a lateral do colega de equipe e fez com que o australiano abandonasse a prova. As gravações do rádio entre Ricciardo e sua equipe mostraram a revolta do piloto. 

“Alguém bateu em mim”, disse Ricciardo. 

“Entendido, estamos vendo aqui”, respondeu o engenheiro no rádio. 

“Foi quem eu estou pensando?”, questionou o piloto, referindo-se a Verstappen. 

“Sim…”, limitou-se a dizer o engenheiro. 

“Mau perdedor do c…”, desabafou. 

Eis o temperamento texugo de Ricciardo, que rapidamente colocou panos quentes na polêmica e declarou que suas palavras ainda no cockpit foram mais uma questão de desabafo do que algo realmente direcionado a Verstappen. 

Ricciardo fez um “hang loose” para Bottas após ultrapassagem 

Ricciardo fez uma grande manobra sobre Valtteri Bottas durante o GP da Itália de 2016 e não escondeu a alegria ao levar a melhor na disputa por posição. Ele encurralou o finlandês na chicane, fez a ultrapassagem e, instantes depois, levantou a mão esquerda em direção ao retrovisor fazendo um gesto de “hang loose” (ou de “tá tranquilo, tá favorável”, dependendo da referência de quem lê) para o adversário. Ricciardo terminou a corrida em Monza na quinta posição, logo à frente do rival da Williams. 

Ricciardo fez Lando Norris chorar de rir 

Em uma entrevista oficial ao lado de outros pilotos no GP da Inglaterra de 2019, Ricciardo fez o novato Lando Norris chorar de tanto rir. Eles estavam ao lado de Lewis Hamilton, e Norris fez um comentário sobre o bigode que o heptacampeão tentava deixar crescer. 

Norris ainda lembrou um outro bigode inglês famoso (e muito mais cheio e imponente que o de Hamilton) na Fórmula 1, de Nigel Mansell. Foi justamente aí que Ricciardo se inclinou em direção a Norris, 19 anos, e perguntou: “você já tem pelos pubianos?”. 

Hamilton fingiu não ter ouvido e continuou respondendo a um repórter, enquanto os outros dois perderam a compostura e não conseguiram mais segurar a risada. Norris ficou vermelho, cobriu o rosto e chegou a lacrimejar de tanto rir. 

Ricciardo também é responsável por áudios épicos no rádio

Apesar de o xingamento a Max Verstappen ser um dos áudios mais conhecidos de Ricciardo, o australiano também costuma conversar – e brincar – muito com seus engenheiros de equipe pelo rádio do carro. Especialmente quando consegue boas posições nos GPs, ele grita, vibra e se diverte, muitas vezes dizendo coisas sem muito sentido. 

Até a própria Fórmula 1 já divulgou, em seu canal oficial no YouTube, um compilado com os 10 melhores áudios do australiano. Resta saber como devem ser os áudios de Ricciardo nos grupos de WhatsApp dos quais faz parte…