O Atlético Mineiro está muito perto de ser o mais novo clube-empresa do Brasil. O Galo reuniu os seus conselheiros, que deram um parecer favorável para transformar o alvinegro em SAF.
O Atlético seria fatiado em dois, 75% se tornaria empresa e 25% permaneceria com a associação. É provável que nas próximas semanas o projeto de transformação do clube seja confirmado, e com a mudança as dívidas que giram em torno de R$ 1,8 bilhão sejam liquidadas pelos investidores.
O Galo não é o único time que está buscando na SAF uma solução para os problemas e endividamentos. Uma lei aprovada em 2021 regulamentou a permissão para que os clubes brasileiros se tornassem empresas. O modelo de sociedade anônima do futebol tem possibilitado uma readequação e uma mudança de cenário em clubes que estavam à beira da falência.
Na Série A do Brasileirão 2023, o número de clubes que adotaram e optaram pelo processo de transformação em SAF é o mais alto da história. São seis equipes importantes que mudaram o CNPJ, algumas delas já estão colhendo os frutos dessa escolha.
Quem já virou SAF no Brasil?
São seis os pioneiros em território brasileiro: Bahia, Botafogo, Cruzeiro, Cuiabá, Red Bull Bragantino e Vasco. Cada uma dessas equipes desenvolveu um modelo de clube-empresa. Vamos conhecer o processo de cada um deles e detalhar o modelo de negócio de cada clube.
Bahia
O Bahia aprovou o seu processo em dezembro de 2022, mas ainda passa pelos trâmites burocráticos para oficializar a passagem de bastão ao Grupo City, donos do todo poderoso atual campeão da Champions League, Manchester City. Será investido cerca de 1 bilhão de reais na transação que prevê parte do montante para reestruturar o clube e contratar atletas.
Botafogo
O Botafogo foi comprado pelo empresário John Textor em 2022. O americano investiu inicialmente 100 milhões de reais e deve aportar mais 400 milhões até 2025. O novo proprietário tem 90% das ações do clube da ‘estrela solitária’.
Cruzeiro
No Cruzeiro, o investimento veio em nome de Ronaldo Nazário, o ex-jogador e empresário adquiriu a maior parte das ações do clube em 2021. O ‘Fenômeno’ deixou um investimento inicial de 50 milhões de reais e prometeu investir 350 milhões até 2026. O mandatário também é o dono do Real Valladolid da Espanha.
Cuiabá
O Cuiabá foi o primeiro clube-empresa da Série A. O ‘Dourado’, fundado em 2001 já tinha como base esse modelo de negócio, e assim que a lei da SAF foi sancionada teve controlado o status do clube.
Red Bull Bragantino
O Bragantino concluiu o processo de transformação do clube em 2019 e por conta dos investimentos, trocou de nome passando a ser conhecido como Red Bull Bragantino. A empresa de energéticos austríaca aportou 45 milhões de reais na aquisição.
Vasco
O Vasco da Gama optou por negociar com o fundo americano ‘777 Partners’, os novos proprietários se comprometeram a investir 700 milhões de reais em até três anos, além de assumir as dívidas do clube que giravam em torno de 700 milhões.