Quais estrangeiros já treinaram a Seleção e como eles se saíram

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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou que Fernando Diniz será o próximo técnico da Seleção Brasileira. No entanto, o comandante do Fluminense assume a Amarelinha por apenas um ano, até a chegada de Carlo Ancelotti, profissional que, segundo Ednaldo Rodrigues, presidente da entidade, será o treinador na Copa do Mundo de 2026. 

O mandatário garantiu que o italiano, atualmente no Real Madrid, chega à Seleção para a Copa América de 2024, com início no mês de junho. Assim, Ancelotti será o primeiro estrangeiro a treinar o país pentacampeão mundial em quase 60 anos e o quarto em toda a história. 

O primeiro treinador ‘gringo’ a comandar a Seleção Brasileira foi o uruguaio Ramón Platero, em 1925. Campeão sul-americano com a Celeste em 1917, ele chegou para assumir o cargo que seria, a princípio, de Joaquim Guimarães, que acabou ocupando o posto de diretor técnico. 

Platero foi o técnico durante o Campeonato Sul-Americano (antiga versão da Copa América) daquele ano, totalizando um período de 19 dias e quatro partidas disputadas. O torneio foi realizado em Buenos Aires e contou com a participação de Brasil, Argentina e Paraguai. Foram duas vitórias, um empate e uma derrota na campanha que terminou com o vice-campeonato. Os donos da casa ficaram com o troféu.

Um europeu no comando

Em 1944, chegou ao comando da Seleção Brasileira o português Jorge Gomes de Lima. Joreca, como era conhecido, começou a carreira no futebol como jornalista, passou pela arbitragem e enfim recebeu a primeira oportunidade como treinador no São Paulo.

Campeão paulista de 1943 com o Tricolor Paulista, foi chamado para comandar o Brasil ao lado do lendário Flávio Costa, que fez história por Flamengo e Vasco. Juntos, eles estiveram à frente da Seleção em dois amistosos contra o Uruguai, que terminaram com vitórias brasileiras por 6 a 1 e 4 a 0.

Após a experiência, Joreca ainda foi bicampeão paulista pelo São Paulo, em 1945 e 1946. Depois, ainda acumulou uma passagem pelo Corinthians em 1949, mesmo ano em que faleceu vítima de uma parada cardíaca. 

Para completar, o argentino Filpo Nuñez foi o técnico da Seleção durante uma partida em 1965 e se tornou o único ‘hermano’ a comandar a equipe. Na ocasião, o Brasil, já bicampeão mundial, tinha Vicente Feola como treinador. No entanto, a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) pagou ao Palmeiras, time de Filpo, para representar a Amarelinha no amistoso de inauguração do Mineirão, em Belo Horizonte.

Com o argentino à beira do gramado, a seleção palmeirense de Filpo Nuñez bateu a Celeste pelo placar de 3 a 0, no dia 7 de setembro de 1965. Os gols foram marcados por Rinaldo, Germano e Tupãzinho.

Em busca da excelência

Agora, a Seleção Brasileira está à espera do italiano Carlo Ancelotti, que também viverá uma situação inédita ao comandar uma seleção pela primeira vez em sua vitoriosa carreira. Com passagens por gigantes do futebol mundial, como Juventus, Milan, Chelsea, Real Madrid e Bayern de Munique, o italiano tem em seu currículo quatro títulos da Liga dos Campeões da Europa, além de pelo menos um troféu de cada uma das cinco principais ligas da Europa (Inglaterra, Itália, França, Espanha e Alemanha).