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Fernando Diniz, treinador do Fluminense, foi o escolhido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para comandar a Seleção interinamente até a chegada de Carlo Ancelotti. A escolha pelo profissional de 49 anos parou as redes sociais, que se encheram de reações favoráveis e contrárias ao técnico do Tricolor Carioca.
O principal argumento dos que não concordam com a opção por Diniz é a falta de títulos do treinador na elite do futebol profissional. Desde 2018 em equipes da primeira divisão do Campeonato Brasileiro, o técnico ficou no quase em muitas oportunidades e só foi acabar o jejum nesta temporada, no Campeonato Carioca.
Antes disso, o novo interino da Seleção Brasileira conquistou alguns troféus em divisões inferiores a nível regional. Em 2009, seu primeiro ano como treinador, Fernando Diniz, ganhou dois títulos com o modesto Votoraty, do município de Votorantim, no interior do estado de São Paulo.
O primeiro deles foi a Série A3 do Paulistão. O Votoraty de Diniz se classificou na liderança com folga durante a primeira fase, com 39 pontos conquistados em 19 jogos (11 vitórias, seis empates e duas derrotas). No quadrangular da segunda fase, o Tigre de Concreto repetiu a boa campanha e também terminou na primeira colocação, garantindo-se na decisão do torneio. A vitória por 2 a 0 na partida de volta, somada a derrota por 1 a 0 no jogo de ida, garantiu a taça ao clube de Votorantim.
Na mesma temporada, o Votoraty ainda conquistou o troféu da Copa Paulista, outro campeonato regional do estado de SP, disputado normalmente pelos times considerados “menores”. Na decisão, o time de Fernando Diniz superou o Paulista de Jundiaí (derrota por 2 a 1 na ida, goleada por 5 a 1 na volta) e encerrou com chave de ouro um ano mágico.
Subindo degraus
Prestigiado no futebol do interior, Diniz fechou com o próprio Paulista de Jundiaí para o ano seguinte, e voltou a conquistar a Copa Paulista. Dessa vez, o Galo bateu o Red Bull Brasil na final e se sagrou campeão.
Na elite do esporte nacional, o técnico chegou muito perto de conquistar seu primeiro título de expressão em 2020, quando comandava o São Paulo. Em temporada marcada pelas paralisações e estádios vazios causados pela pandemia, Fernando Diniz superou a desconfiança do torcedor e elevou o nível do Tricolor. Com um time ofensivo e bem treinado, o clube do Morumbi chegou a abrir sete pontos de vantagem na liderança do Brasileirão (a vantagem real foi de quatro pontos, já que o Flamengo passou boa parte do período com uma partida a menos).
No entanto, o São Paulo de Diniz acabou sofrendo uma ‘pane’ na reta final da competição e acabou perdendo o título para o próprio Rubro-Negro. A derrocada no campeonato nacional custou o emprego do treinador e assim se deu o fim do ‘Dinizismo’ pelos lados da Barra Funda.
Após a demissão no Tricolor, o treinador acumulou passagens sem sucesso por Santos e Vasco antes de retornar ao Fluminense, clube que havia treinado anteriormente em 2019. Em 2022, o Tricolor Carioca fez boa campanha e se classificou para a Copa Libertadores com a terceira colocação no Campeonato Brasileiro.
Finalmente um título de “elite”
E no início da temporada 2023, Fernando Diniz finalmente terminou com sua sina. O novo técnico interino da Seleção Brasileiro levou o Fluminense para a decisão do Campeonato Carioca, contra o rival Flamengo. Depois de perder o jogo de ida pelo placar de 2 a 0, o Tricolor deu um baile na partida de volta e goleou o adversário por 4 a 1. Com o resultado, Diniz enfim levantou um troféu na primeira prateleira do futebol brasileiro.
Agora, o técnico tem a missão de ‘manter a casa em ordem’ na Amarelinha até julho de 2024, quando teoricamente assume Carlo Ancelotti. O Dinizismo na Seleção Brasileira estreia em setembro, com as primeiras partidas das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo, contra Bolívia e Peru.
