Quem são os brasileiros em Wimbledon e onde podem chegar

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Wimbledon Tennis

"Wimbledon Tennis, Court 3, 2015" by Su--May is licensed under CC BY 2.0 .

A grama de Wimbledon está de volta, com mais uma edição do tradicional torneio do sul de Londres. Nesta segunda-feira, 3 de julho, começam as partidas da primeira rodada; a final masculina encerra a programação no dia 16 deste mês.

Wimbledon é o torneio mais clássico e importante do circuito, rivalizando em charme e glamour com Roland Garros. Em 2023, o Brasil volta a estar representado nas chaves masculina e feminina. Vamos conhecer mais sobre os brasileiros que disputam as chaves de simples da competição no All England Club.

Os brasileiros não começaram bem no principal torneio em superfície de grama. O qualify (torneio classificatório para a chave principal), já derrubou dois representantes do país antes mesmo do início dos principais jogos da competição. Thiago Wild, que surpreendeu em Roland Garros, foi eliminado na última rodada do qualify. Wild, 131º do ranking, acabou fora da chave principal depois de perder para o chileno Marcelo Tomás Barrios Vera, 133º na ATP. O brasileiro caiu por 3 sets a 2, com parciais de 6-4, 6-7(6-7), 2-6, 6-3, 6-2, em 3h56min de partida.

O outro brasileiro que ficou pelo caminho foi Felipe Meligeni Alves, sobrinho de Fernando Meligeni. Felipe foin eliminado pelo tenista moldavo Radu Albot, número 106 do ranking, que comprovou o favoritismo e venceu por 4-6, 6-3, 6-2 e 7-6(8-6) após 2h43min de partida.

Apenas das duas derrotas, o Brasil ainda tem um representante na chave de simples masculina. O cearense Thiago Monteiro, número 96 do ranking, vai enfrentar o americano Christopher Eubanks nesta terça-feira, pela primeira rodada.

Monteiro avançou seis vezes em sua carreira a uma segunda partida de Grand Slam, e sua melhor performance foi em Roland Garros em 2020, quando perdeu para o húngaro Marton Fucsovics no na terceira rodada do torneio. É improvável que Monteiro surpreenda em Wimbledon, pelas características da quadra e do próprio jogador.

Na disputa feminina, Laura Pigossi e Carolina Alves ficaram pelo caminho ainda no qualify. Mas a grande expectativa do país para Wimbledon está em Bia Haddad Maia, 13ª colocada do ranking.

Na semana passada, Bia desistiu do torneio de Eastbourne durante sua partida contra a croata Petra Martic, devido a um desconforto no joelho direito. A lesão, apenas cinco dias antes do início de Wimbledon, acendeu um alerta na equipe da brasileira, mas o clima é de otimismo para o início do Grand Slam inglês.

Há muita expectativa em Bia, depois do grande desempenho em Roland Garros, quando ela chegou às quartas de final. A paulistana de 27 anos vai enfrentar Yúliya Putintseva, tenista de origem russa que compete pelo Cazaquistão, nesta terça-feira (4).

A chave feminina, a exemplo da masculina, tem um caminho de sete jogos até o título. Bia é a maior representante do tênis brasileiro atualmente e, em boas condições físicas, poderia avançar com alguma tranquilidade pelas primeiras rodadas, já que pelo ranking atual ela enfrentaria adversárias piores qualificadas nos jogos iniciais.

A maior dúvida agora é física: será que ela chegará 100% ao torneio? As respostas começam a ser dadas nesta terça.