Após oito GPs disputados na temporada 2023, é difícil imaginar que Max Verstappen não conquistará seu terceiro título na F1. Difícil, também, é não ficar impressionado com a temporada de Fernando Alonso. Aos 41 anos, o piloto espanhol é o terceiro colocado no Mundial de Pilotos, atrás apenas da dupla da Red Bull.
Além dos resultados —são seis pódios, dois segundos e quatro terceiros lugares— o nível de desempenho do asturiano também impressiona. O físico do piloto da Alpine já não é o mesmo de quando ele chegou na F1 há duas décadas, mas Alonso tem conseguido manter sua capacidade de ser competitivo e de disputar com pilotos até vinte anos mais jovens, algo difícil em um esporte conhecido pelo desgaste que provoca nos pilotos.
Para isso, além da já conhecida disposição para praticar esportes e passar horas na academia, Alonso tem cuidados especiais com sua saúde e bem-estar, junto a uma equipe de apoio que o acompanha durante a preparação para as provas.
Evolução e adaptação
De acordo com o site espanhol “Motor16”, especializado em automobilismo, desde seus dias na Renault, Alonso sempre apresentou um físico de atleta. No início, ele combinava a força de um boxeador com a resistência de um corredor de longa distância. Com o avanço da tecnologia e as novas demandas da Fórmula 1, seu físico também teve que se adaptar. Hoje, sua estrutura muscular de Alonso se assemelha mais à de um nadador na parte superior e ao de um corredor de longa distância na parte inferior.
Fernando Alonso está reescrevendo a cartilha de como brilhar entre os melhores na Fórmula 1. Terceiro colocado no campeonato, sem que em nenhuma prova tenha estado no melhor carro, o espanhol aposta na consistência para se colocar no topo neste ano, incomodando eventualmente o domínio das Red Bell.
Em busca da 33
No momento, a grande obsessão de Alonso é a 33ª vitória na F1. Por enquanto, essa vitória tem insistido em escapar, apenas dos seis pódios. O espanhol parece estar satisfeito com o carro desenvolvido para ele pela Aston Martin, o que representa um grande avanço para a equipe britânica, que passou da sétima posição em 2022 para brigar com a Mercedes pelo segundo lugar em 2023.
Mike Krack, diretor da Aston Martin, enxerga um grande potencial na equipe nesta temporada e está provando que o ‘AMR23’ é um carro que funciona muito bem em todos os tipos de circuitos: “Me perguntaram se é frustrante que a vitória esteja demorando tanto para chegar, mas eu não acho que seja frustrante em nada. É mais um desafio. Nós temos um carro com um piloto capaz de fazer isso (vencer)”, disse Alonso ao Racing News 365.
A respeito da próxima corrida, na Áustria, Alonso disse estar animado depois de terminar no pódio do GP do Canadá: “Trata-se de um circuito rápido e curto, que geralmente proporciona boas corridas e ultrapassagens. O objetivo será manter essa forma e conquistar o maior número possível de pontos para a equipe, para alcançarmos o segundo lugar entre as escuderias”, acrescentou o asturiano.
Alonso quer conquistar pela 33º vez em sua carreira o lugar mais alto do pódio. O local para isso pode ser justamente o circuito de Zeltweg. A expectativa do asturiano é grande: “Mal posso esperar para ver o que podemos fazer”.