O Arsenal teve de interromper as vendas de seu novo uniforme principal devido a um erro da adidas, fornecedora do material.
A nova camisa dos Gunners homenageia os “Invencíveis” da temporada 2003-04, quando a equipe de Arsene Wenger completou a campanha do título da Premier League sem sofrer uma única derrota. O uniforme retrata os resultados dos 38 jogos da temporada, com as vitórias assinaladas por um W (win, vitória) e os empates por um D (draw, empate).
Infelizmente apenas 32 dos resultados foram estampados, e a camisa “de jogo” (uma réplica fiel do uniforme utilizado pelos jogadores, vendida no varejo a aproximados R$675) vem sendo distribuída já com o erro corrigido. Já a camisa na versão torcedor, um pouco diferente da versão “de jogo”, vem sendo vendida na faixa de R$490, e segue inalterada.
“O uniforme principal do Arsenal está temporariamente indisponível enquanto corrigimos um erro de design”, informou a Adidas. “Estamos trabalhando junto ao time e a nossos parceiros para garantir novos estoques assim que possível, e oferecendo o estorno para os fãs que já o adquiriram”.
“Este erro de design não representa o padrão que visamos como marca, e pedimos desculpas ao clube e aos torcedores”, disse a empresa alemã.
Quando os uniformes dão errado
Esta não é a primeira vez que o design de um uniforme causa problemas para um fornecedor, ou até para o próprio clube. Os torcedores do Manchester United certamente se lembram do infame uniforme cinza, o reserva durante a temporada de 1995/96.
Usado somente cinco vezes, ele foi visto pela última vez em abril de 1996, quando Sir Alex Ferguson exigiu que seus jogadores trocassem para o terceiro uniforme, azul e branco, durante o intervalo, quando o time perdia de 3 a 0 para o Southampton. O técnico lendário disse que a cor do uniforme se confundia com o público, e seus jogadores tinham dificuldades em enxergar uns aos outros.
Infelizmente para Sir Alex a mudança não alterou o rumo da partida: o United perdeu de 3 a 1, com Ryan Giggs marcando o gol de honra aos 44min do segundo tempo.
Na Espanha, o Athletic Club pediu ao artista basco Draio Urzay que criasse uma edição especial a ser usada durante a campanha do time na Copa UEFA de 2004-05. Urzay apresentou um conceito único, com manchas vermelhas sobre um fundo branco.
A inspiração veio de manchas de sangue, mas após ser usado em um único amistoso as críticas foram tantas que o uniforme foi rapidamente descontinuado.
No futebol de seleções, uma intervenção do presidente da Associação do Futebol Argentino, Julio Grondona, gerou dor de cabeça para a adidas na preparação para a Copa do Mundo de 1994.
A marca apresentou um conceito sutilmente diferente para o padrão de listras azuis e brancas, adicionando uma linha preta entre as cores.
O uniforme foi produzido e chegou a ser vendido, até que Grondona insistiu que a produção fosse interrompida. Ele argumentou que o azul e branco é um padrão tradicional, e mesmo o menor toque de preto era uma afronta à tradição do país.
A camisa foi tirada de produção, mas alguns fãs apareceram com ela pelos estádios da Copa do Mundo, enquanto os jogadores trajavam as cores tradicionais.