O futebol é uma paixão que movimenta a vida dos brasileiros, e em tempos de Copa do Mundo o sentimento fica ainda mais forte. Depois de mais uma decepção, no Qatar, a seleção brasileira completou duas décadas sem conquistar o título.
Quando a bola rola em 2026, serão 24 anos sem conquistas. O período de seca já será igual ao que o Brasil viveu entre o tricampeonato, em 1970, e o tetra, em 1994.
Há mais uma geração de brasileiros que não viu o país conquistar uma Copa. Por isso, é normal que a expectativa para o próximo Mundial seja grande.
O início do ciclo de preparação, no entanto, não começou bem: duas derrotas em três amistosos (2 a 1 contra Marrocos e 4 a 2 diante de Senegal) mostraram que há muito trabalho a ser feito. Só que, por enquanto, a seleção não tem um treinador; enquanto a CBF espera Carlo Ancelotti, o interino Ramon Menezes comanda a equipe de forma quase improvisada.
Diante disso, com o espírito de técnico que todo brasileiro tem, tentar montar a equipe de 2026 é um desafio interessante:
No gol, é difícil imaginar que algum outro goleiro consiga desbancar o Alisson Becker da posição. Homem de confiança do Jurgen Klopp no Liverpool, é um dos melhores goleiros do mundo e sempre esteve em alto nível na seleção. O único candidato a tomar o posto do gaúcho é Ederson, campeão de tudo com o Manchester City de Pep Guardiola.
Na defesa, Marquinhos terá 32 anos e é dado como certo no time titular que disputou o torneio, realizado na América do Norte. Éder Militão, do Real Madrid, é quem começa na frente na briga para ser o outro zagueiro na na defesa brasileira.
As laterais têm sido um grande problema para a seleção nos últimos anos. O país não consegue formar jogadores na posição como em outros tempos e ainda procura alternativas. Nomes como Ayrton Lucas e Caio Henrique, pela esquerda, e Yan Couto e Vanderson, na direita, podem ter suas chances.
O meio-campo é um dos setores mais bem servidos: Casemiro continua jogando em alto nível e, aos 34 anos, ainda terá fôlego para mais uma Copa do Mundo em 2026. Bruno Guimarães está se destacando no Newcastle junto com seu companheiro Joelinton; ambos devem ser nomes frequentes nas próximas convocações.
Outro produto da Premier League, Lucas Paquetá, também começa o ciclo com boas chances de chegar à Copa, que seria a segunda na carreira.
O Brasil tem produzido bons nomes no momento como André, do Fluminense que já interessa a Liverpool e Barcelona. Danilo, do Nottingham Forrest, teve um começo promissor na Premier League e deve ser testado nas próximas convocações. O garoto Andrey Santos, que foi comprado pelo Chelsea, também pode ser uma grata surpresa.
No ataque, a grande dúvida é Neymar. Será que o craque terá pernas e psicológico para suportar mais uma Copa do Mundo, aos 34 anos? Só o próprio jogador tem a resposta. O camisa 10 precisaria de um ciclo bem trabalhado para chegar em forma, depois de sofrer com as lesões desde 2018.
Na ponta-esquerda, Vinicius Junior dispensa apresentações. Ele é um dos melhores jogadores do mundo atualmente e peça chave no Real Madrid. Vini é o típico jogador brasileiro, com uma mistura explosiva de alegria e habilidade. Seu companheiro de clube, Rodrygo, é muito promissor e já mostrou ter faro de gol. O entrosamento da dupla do Real Madrid pode ser crucial para a seleção brasileira nos próximos anos.
O Brasil sente falta de um grande nove. Um país que teve nomes como Tostão, Romário, Ronaldo busca alguém para honrar essa posição. Richarlison, que foi titular em 2022, deve continuar a lutar pela posição, junto com o Pedro, do Flamengo, e Gabriel Jesus do Arsenal.
Vitor Roque, do Athletico Paranaense, aparece como candidato a novidade e pode ser uma das surpresas da próxima Copa do Mundo. Tudo vai depender de seu desenvolvimento, de seu próximo clube e da adaptação ao futebol europeu.
Nos próximos três anos, novos nomes pode aparecer, outros podem ganhar pontos, e ainda haverá os jogadores que sairão do radar. O que já sabemos que não vai mudar é que, quando a bola rolar em 2026, o Brasil será considerado um dos favoritos ao título. Mesmo que isso não aconteça desde 2002.