Seleção feminina chega à Copa do Mundo com força, mas não é favorita

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Brazil

"Brazil women's national football team in Feb. 2019" by Jamie Smed is licensed under CC BY 2.0 .

O Brasil já está em contagem regressiva para o primeiro jogo da Copa do Mundo de Futebol Femenino na Austrália e na Nova Zelândia. As comandadas por Pia Sundhage estão no grupo F e enfrentarão na primeira fase Panamá, França e Jamaica. 


A seleção da “amarelinha” aposta na experiência da treinadora sueca e em seu processo de renovação para enfim levar a taça de campeã para o Brasil. Até hoje, em oito edições do torneio, as brasileiras jamais conquistaram o título. O melhor resultado foi o vice-campeonato em 2007, perdendo para a Alemanha na final.

Treinadora consagrada, Pia vem desde sua chegada mesclando o elenco com jogadoras jovens e experientes para trazer mais força à equipe e manter a tradição que o Brasil sempre teve no futebol.

A convocação deve ter figuras mais conhecidas como Rafaelle, Tamires e Debinha, mas também jovens talentos como Tainara, Ary Borges e Kerolin, da nova geração.

Desde que chegou ao cargo, em 2019, Pia Sundhage teve altos e baixos, comuns em um processo de transição e reformulação. O Brasil chega à Copa com força e pode brigar pelo título, mas não será fácil.

Para o Mundial, o Brasil ainda luta para ter o retorno de três peças fundamentais: Érika, Luana e Marta, que tiveram graves lesões e ainda buscam retornar à melhor forma física.

A ‘Rainha’, eleita melhor do mundo pela Fifa cinco vezes, rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho em março de 2022. Aos 37 anos, ela se prepara para aquele que pode ser seu último mundial.

A seleção brasileira fechou 2022 com saldo positivo: o título da Copa América trouxe confiança e tranquilidade para o conjunto que teve seladas as classificações para o Mundial de 2023 e para a Olimpíada de 2024. 

O Brasil vem de vitória sobre a Alemanha, empate contra a Inglaterra e derrota para Estados Unidos e Canadá. O time perdeu quando podia perder, e enfrentou adversários qualificados antes de medir forças com as melhores jogadoras do mundo no torneio mais importante que jogará neste ciclo. 

A equipe já sabe os pontos fortes e fracos, sabe das suas deficiências. O momento é ter confiança e reconhecer que não somos as favoritas, mas que não somos qualquer seleção. Será duro, difícil e sofrido, mas é possível terminar a competição com um resultado histórico.

Para isso, um jogo é considerado fundamental: o duelo contra a França, na segunda rodada da fase de grupos. Um bom resultado poderia colocar o Brasil na primeira posição do grupo —Jamaica e Panamá são, em teoria, rivais mais fracos.

O primeiro lugar da chave abriria um caminho teoricamente mais fácil para as brasileiras na sequência da competição. Ficar em segundo tornaria o caminho mais espinhoso, colocando à frente do Brasil seleções como a Alemanha, segunda colocada no ranking da Fifa.

As alemãs, bicampeãs em 2003 e 2007, integram o grupo de maiores favoritas ao título. Também fazem parte desta lista seleta as seleções dos Estados Unidos —única tetracampeã mundial—, Suécia, Inglaterra, França e Espanha.