O que esperar de Carlo Ancelotti na seleção brasileira?

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Carlo Ancelotti

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O acordo de Carlo Ancelotti com a seleção brasileira está muito próximo. De acordo com a própria CBF, em declarações do presidente Ednaldo Rodrigues, o italiano é o plano A para comandar a equipe pentacampeã na Copa do Mundo de 2026.

Mas o que esperar de Ancelotti, o treinador com mais títulos da história da Champions League (4) na seleção com mais títulos mundiais?

Domínio e admiração do vestiário

O treinador italiano é visto por seus comandados como um grande gestor de grupos. Querido pelos atletas e com histórico de boa relação com jogadores brasileiros, Ancelotti tem tudo para ser um agregador. Foi esse perfil que ele teve nos melhores momentos da carreira, incluindo a gestão do sempre complicado vestiário do Real Madrid.

A relação com brasileiros durante toda a carreira também ajuda no trato com os jogadores. Atualmente, cinco jogadores da seleção são ou já foram treinados por Ancelotti: Vinícius, Militão e Rodrygo estão no Real Madrid, Casemiro também foi comandado no clube espanhol e Richarlison trabalhou com Carleto no Everton.

“Eu parecia um fenômeno na mão dele”, disse o atacante em uma entrevista coletiva durante a semana de treinos da seleção em Barcelona, antes do amistoso contra Guiné.

Aposta em jogadores jovens

Após mais um fracasso na Copa do Mundo, a seleção brasileira entra em um período de renovação, e Carlo Ancelotti tem um perfil que condiz com esse momento. O treinador costuma dar chance e espaço para jovens talentos —foi o caso de Rodrygo e Vinícius Jr no Real Madrid, por exemplo.

Os dois atacantes cresceram muito nas mãos do italiano e viraram titulares e referência na equipe merengue. O clube espanhol passa por uma reformulação, comandada por Ancelotti, também em outros setores. No meio-campo, por exemplo, já contratou os jovens franceses Tchouaméni e Camavinga, além do inglês Jude Bellingham.

Esquema tático sólido

As equipes de Carlo Ancelotti costumam ter esquemas táticos bem definidos, de acordo com as preferências do treinador, algumas das quais ele raramente abre mão. Uma delas é a defesa com linha de quatro —dois zagueiros e dois laterais.

No meio-campo, o italiano gosta de ter um volante mais físico e outros dois jogadores híbridos, que façam funções ofensivas e defensivas. Foi assim que ele montou o meio-campo do Real Madrid, com Casemiro, Toni Kroos e Luka Modric.

No ataque, a tendência de Ancelotti é ter um atacante que saiba jogar mais recuado e participar da criação, além de dois pontas rápidos para dar amplitude ao campo.

Mentalidade vencedora

Depois de cair em quatro das últimas cinco Copas do Mundo nas quartas de final (e de levar 7 a 1 quando chegou na semifinal, em 2014), a CBF busca uma mentalidade vencedora. Um treinador que seja conhecido e temido pelos adversários e que consiga levar seus jogadores a vitórias consideradas impossíveis.

O Real Madrid de Carlo Ancelotti deixou isso mais do que claro na Champions League de 2021-22, com viradas incríveis contra PSG e Manchester City no mata-mata.